quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pós-jogo

O que escrever sobre Amsterdam? Bem, já me dou por satisfeito por ainda saber escrever.


Vivemos dois dias que provavelmente entraram para a história da Holanda. A final da copa do mundo e a recepção dos jogadores, dois dias que a capital parou e se pintou de laranja - detalhe, os jogadores chegaram ontem, terça-feira, ou seja, um dia útil.


Foi impressionante ver a paixão, o orgulho e o respeito que o povo teve pela seleção. Nós nos admiramos, nos impressionamos com a festa pelo segundo lugar. Bonito de ver mesmo. E pensar que nós nos consideramos os maiores apaixonados por futebol...





E foi isso que deu para ver, porque quando o Guaragna nos viu, não deu para enxergar mais nada. Quando, já depois do jogo, já nos encaminhando para o hostel, já com aquele leve brilho nos olhos depois de algumas poucas cevas, quase que satisfeito, no máximo, considerando somente mais uma saideira, do nada, ouvimos aquela voz inconfundível: "oh, seus colorados veadinhos...".

Ele, que do nada, nada tinha: no meio da multidão, de bicicleta - único -, e no contra-fluxo. Não poderia ter sido mais clichê, não teria como ter sido algo convencional, um encontro marcado, por exemplo. Não, tinha que ser assim, do completamente improvável. E, a partir daí, só flashs.

A princípio, bebemos as melhores cervejas do mundo - e outras coisas que eram uma paulada -, mas não temos a menor ideia de quais foram. Fomos em bares incríveis, mas não nos perguntem onde ficam. Andamos quinze minutos ou três, quatro horas em linha reta ou ziguezagueando canais. Difícil dizer. Só lembro de ter dado uma pausa na calçada - uma piscada - enquanto os guris continuavam a mandar ver, da holandesa que saiu de casa desesperada vestida só de robe para pedir minha fantasia de árvore de natal de flâmulas laranjas e do Guaragna acordando no hostel, lá pelas nove da manhã, sem ter noção alguma de onde estava. O pouco que lembro é que esses três dias foram inesquecíveis.

nossos vizinhos de quarto

Os museus, os moinhos e as tulipas ficaram para a próxima, até porque voltar para cá já é dado como certo.



Holland! Holland! Holland!

obs 1: esse relato é apenas uma versão do que pode ter acontecido ou não. É difícil lembrar dos detalhes mais esclarecedores.

obs 2: é claro que o Guaragna não tem responsabilidade alguma, mas quem conhece essa lenda viva sabe o quanto mais fica divertido qualquer volta por aí.

3 comentários:

  1. Acabei de ir pegar uma saladinha no 50 e tava pensando em quantas andava a trip... resolvi abrir o Blog... e quando menos espero, estou quase chorando na frente do monitor!!!! hahaha!
    To desconfiado que a coisa foi tão forte que não teremos outros detalhes ao vivo, não vão lembrar do resto!
    Do Kralho! =)

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  2. buenas, estou praticamente virado, ontem rolou a fase 1 do aniver da Cíntia e óbvio que Eu e JC invocamos os amigos, quanto a presença dos dois era sentida, mas que era para um bem maior !!
    Realmente, o Guaranha é uma figura mística, quem conhece sabe pq!
    Sobre os relatos ao vivo, aguardo ansioso...
    grande abraço
    baiano

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  3. Geneve e o nome da porradinha.

    Existem varios tipos. Jonge Geneve, Geneve, oud Geneve. :)

    Faltou acrescenter que acordei no Hostel dormindo na cama de outrem. Ao sair nao encontrei minha bicicleta, no local que havia "estacionado"(reprise de algum filme da Sessao da Tarde). Naquele momento coloquei o status da bike como MIA(Missing in Action) e fui pegar o Tram(Bonde eletrico). No caminho de volta ainda tremulo, vestido de laranja, as 9:30 am, vejo minha magrela "estacionada" impecavelmente em frente ao Hostel...eh nao tem preco...

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