quarta-feira, 30 de junho de 2010

Atendendo a pedidos...

não, eu não estou de para-quedas

e já arrependido!

Look! É um pássaro? É um avião? Não, é só um cab

Levando em conta a quantidade de dias que ainda me restam em Londres posso dizer que o copo está ficando meio vazio. Mesmo assim, depois de todos esses goles, ainda não me acostumei com o trânsito. Quero dizer, com o sentido do trânsito. E olha que eles tentam ajudar o máximo possível.


Não sei o que é mais importante se o "look" ou o "left/right" (responder a combinação dos dois tira a graça da brincadeira). A questão é que a confiança vai tomando conta da cabeça da criança e vai batendo um esquecimento do que é direita e esquerda e que estou num lugar que a minha direita e a minha esquerda estão invertidas. E naquele exato momento que não está vindo nenhum carro de lá não é para eu atravessar - mesmo que o desejo de dar um mergulho no asfalto seja quase incontrolável - porque os carros estão vindo de cá. Também dá para esperar fechar o sinal, mas nem todas as esquinas têm semáforos - ou a nem sempre tão bem-vinda confiança cria uma neblina - fog??? - que me cega.

Agora, se for para acontecer, que seja de forrma clássica, com um dos poucos routemasters originais ainda em circulação.

não foi dessa vez - nesse eu embarquei

Se não for um momento clássico, inesquecível, um pouco de classe já me serve então!

é, eu nunca embarcarei numa dessas...

Look! Look left! Look right! Look!

terça-feira, 29 de junho de 2010

McDonald's

Eu não tenho nem ideia de quanto custa um Big Mac aqui - e nem quero saber. Não sei se é mais barato, mas é muito mais saboroso entrar em qualquer uma das lojas (loja mesmo) de comida que tem por aqui e procurar por coisas que eu não sei quando poderei experimentar novamente (ou quando terei dinheiro para tal...). Perto do hostel tem uma Partridges. Não queria "repetir" lugares durante a viagem, mas serei cliente frenquente desse lugar até ir embora.

Enquanto escolho umas fotos para cá (algumas ainda são de Glastonbury), estou apreciando as melhores azeitonas que eu já comi até hoje. E uma Stella para acompanhar, é claro!

Bom apetite!










Eu sei, as fotos poderiam ser melhores, mas não tem como segurar a máquina e comer ao mesmo tempo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

The good, the bad and the ugly

Três caras merecem consideração nessa vida: Zeca Pagodinho, John Constantine e o fillho da p*&^%$@a que inventou a ressaca!

Gloucester Arms, Goat Taverns and The Queens Arms (the best, onde eu fiquei até tocar o sino)!

Cheers!

Ah, conheci brasileiros, mas se até o Juan faz gol...

Glastonbury, a verdadeira terra da fantasia

Vivo! Vivo! Vivo!

Ao contrário do que a maioria dos pessimistas pensava, eu sobrevivi. E não só isso, eu encontrei a minha barraca todas as noites. Foi um pouco complicado no primeiro dia, mas eu realmente não estava muito preocupado com isso. Será difícil resumir esses cinco dias na fazenda. Da forma aleatória que escolhi as fotos para pôr aqui, será meu testemunho.

Muita informação visual, muita gente, comida do mundo inteiro. Labirinto com dezenas de áreas - The Park, Green Fields, Shangri-la, Arcadia, Dance Village, Kidz Fields, Leftfield... Se perder era se encontrar em outro mundo fantástico. Num circo, num teatro, no meio de centenas de barracas, num bar. Viu algo que parecia apetitoso? Prova agora antes de dobrar a esquina. 

Não choveu. A tão famosa lama não se fez presente. Ao invés disso, muita poeira. Mas entre dormir empoeirado ou embarrado, fico com a primeira. Ah, era só tomar um banho antes de dormir, né? Bem, eu desisti do chuveiro no terceiro dia. Azar, é Glastonbury! Três horas de fila é muito tempo perdido. É só lavar o rosto, escovar os dentes, olhar ao redor e ver que ninguém está dando bola para isso e você está novo! É, outros valores...

E tiveram os shows, até porque foi para isso que eu vim, e só para descobrir que não era somente isso. Vários palcos - de proporções para todos os gostos, da Pyramid Stage ao banquinho embaixo de uma tenda budista. Não importava o lugar o show aconteceria sem atraso, sem um minuto sequer de atraso. Deu para ver muita coisa - era só estar prestando atenção em qualquer coisa, não só no palco. Gorilazz matou a pau. Só de participações especiais,os caras contaram com Lou Reed e Snoop Dogg - que também teve seu show durante a tarde. LCD Soundsystem não deixou ninguém parado. Vampire Weekend, We are scientists, Marina and the diamonds, Kate Nash... Muita coisa! Até uma palhinha da Shakira eu vi. E tudo terminou com Stevie Wonder... Ele, Michael Eavis e não tenho ideia de quantas milhares de vozes cantando parabéns para o festival. Poderia ter assistido a outros tantos (não que tenham sido só esses), mas dar uma caminhada pelos "becos" de Glastonbury com, sei lá, Death Weather ao vivo de trilha sonora era muito tri também.

Resumindo - agora sim -, foi do ca*&*lho! Dá próxima vez - uma senhora inglesa muito simpática que estava acampada ao meu lado, hoje de manhã, enquanto tomava seu chá e ouvia a BBC num radinho de pilhas me perguntou se eu voltarei ano que vem (ah é, é só eu paresentar meu cartão de visitas "sorry, my english is terrible" que a maioria das pessoas ficam bem mais acessíveis - por enquanto tem dado certo) -, vem junto! Será muito mais divertido aproveitar e lembrar disso tudo com os amigos!

Vem, vambora!

Ah, é claro que eu nunca comentarei sobre os banheiros. Não quero desencorajar ninguém.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dia curto

Ah, esqueci de comentar como um dia tão curto, já que o fuso me comeu 4 horas, pode ser tão cansativo. Culpa da mochila!

Londres

Cheguei!

Depois de sete horas esperando em Guarulhos (culpa minha, resolvi evitar qualquer atraso e me programei somente com todo esse tempo de folga), nove horas e pouco atravessando o Atlântico numa poltrona tamanho "P", uma conexão rápida (ahn, é uma questão de perspectiva, para mim demorou para passar) em Lisboa, a tão temida alfândega - cantem comigo, "tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo..." - , uma leve surra do metrô, dos mapas - essa última doeu mais (mapas para quê se ainda te falta um bússola?), de qualquer forma reverterei esse placar em pouco tempo -, do meu escasso domínio do idioma e da minha mochila e seus dezoito quilos (mais uma vez, culpa minha), que a cada passo me lembravam da lei da gravidade, cheguei! Mas cheguei podre! 

Cheguei, mas já estou de saída também. Amanhã de manhã, pego o ônibus para Pilton, Sommerset, ou melhor, para Glastonbury! Mas antes...

Claro que esse choro desnecessário (depois de um banho quente, toda a dor passa) foi uma ótima desculpa para a primeira experiência em um pub (uma relaxada antes de escrever aqui era uma questão de saúde pública, minha coluna vai para o espaço) londrino (não sei até que ponto a região que eu estou é turística - mas foi convincente). E aqui vai o relato - lamento somente vocês não poderem compartilhar a trilha sonora do francês (acho) que está pulando aqui:

Não sei o que dizer primeiro. Se é o fato do que me decepcionei com a Foster's. Fraquinha... Primeira e última (se bem que tem aquele ditado "nunca diga nunca"). Se aqui, nós que apreciamos uma saideira, não temos muita chance - depois que toca o sino, é finish mesmo. Ou se foi a cara de decepção que o atentendende fez depois que pedi uma Hoogarden. Vai entender, foi a melhor da noite - se ele imaginasse o preço dessa ceva no Zaffari. E olha que ainda teve um pint de London Pride - uma ale (acho que era) era pré-requisito parar escrever sobre cervejas aqui. Parênteses - o nosso "DJ" é francês; chegou uma amiga e rolou um "'Ça va?". Não a ponto de fazer o cara parar de falar. Fim dos parênteses. Na verdade, a melhor - tá, não é a melhor, mas ganha pontos pelo fato de me ensinar algo -  é que spice é apimentado e que amendoim apimentado não é melhor do que salgado. Então, dá próxima vez que alguém for pedir "nuts" e te derem a opção entre "salt" e "spice", não se constranja em pensar dois segundos. Xingue o fato de te darem opções primeiro e, por último, marquem um xis no salt.

Ah, peraí, tem a questão do preço dos pints. 3,37 libras a foster`s, 5,05 libras a London Pride (um pouco mais gelada e cairia muito bem no nosso agrado) junto com os amendoins que me 'obrigaram" a tomar uma saideira e 4,07 libras a hoogarden. E tudo isso em cash, sem consumação. É aquilo, tem que acreditar, até porque se leva um bom tempo para saber contar as moedas.

Fica uma foto da primeira coisa que vi aqui depois que saí da estação e de uma London Pride (o resto ainda estava no copo, mas não durou muito tempo). Por enquanto, a primeira boa lembrança daqui - até porque ela tá sobre um balcão de bar, o nosso ombro amigo depois de um dia puta cansativo.

Vou lá que preciso acordar cedo logo mais (acho que será difícil escrever de Glastonbury)!

Vambora!

PS.: Eu vou jogar fora aquela barraca (3 quilos e pouco desnecessários depois de deixarem de serem uteis).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Roteiro inicial

Início.

A ideia desse amontoado de anotações (com início, meio e fim) é relatar, desde que as condições de temperatura, pressão e disponibilidade permitam, os próximos 35 dias de uma viagem por alguns países da Europa planejada há um bom tempo - tempo suficiente para encher o saco dos mais próximos. Relatos, roubadas, dicas (quanta pretensão) e fotos - muito mais fácil do que ler - é o que eu pretendo colocar aqui. Ou que tentarei... Digamos que é um resumo para simplificar e auxiliar na minha quase inexistente capacidade de me expressar.

Quanto ao nome, esse amontoado de letras até que tem suas justificativas. Primeiro, elas resolvem a questão do bloqueio criativo. Yuy... Pronto! Segundo, elas possuem um certo simbolismo, já que formam o código da reserva das passagens. Quase como uma garantia de ida e volta. Quase!

E o roteiro? Bem, tudo começou quando assisti ao documentário do Festival de Glastonbury. Aquelas cenas - ou aquele barro todo - ficaram martelando na minha cabeça por um bom tempo. Aí, no meio do ano passado, descobri que a próxima edição seria comemorativa pelos seus 40 anos de existência. Muita música, muito barro, barracas e data festiva numa fazenda que eu jamais conheceria de outra forma?! É agora ou nunca! Função danada por causa dos ingressos, no final acabou dando tudo certo (acho, só terei certeza depois da barraca armada). Estando lá, passar mais uma semana em Londres seria algo natural, obrigatório. E por que não atravessar o canal da Mancha a nado e aproveitar para conhecer Paris? Perfeito! Já satisfeito com o roteiro, um dia, em um jantar com amigos, entre uma ceva e outra, eles resolvem ir junto. Detalhe: a data de ida de um deles seria a data do meu retorno. Fazer o quê? Nos encontrar em Amsterdam (no dia da final... Brasil e Holanda?!), dar um pulo na Grécia e voltar para o Brasil a partir de Barcelona com um pit-stop em Madri, é claro. Tudo isso para saber se as Heineken daqui, que ajudaram nessas decisões, têm o mesmo sabor das de lá.

Não tenho muita certeza se usei os tempos verbais de forma correta, mas também não certeza se tudo acontecerá conforme o planejado. Vamos acompanhando...

Vambora!

Acabei de dar uma olhada na programação de cinema do festival. O primeiro filme: Where the wild things are. "...também não tenho certeza se tudo acontecerá conforme o planejado...", hahaha!